A presença da
mãe é essencial para a criança nos primeiros anos de vida. E a ausência tanto
dela como do pai na educação e na rotina diária podem trazer sérios prejuízos à
personalidade da criança.
Essa ausência
de cuidados e das figuras paterna e materna coloca para as crianças e
adolescentes, limites e valores de terceiros, razão pela qual os pais reclamam
que os filhos não os obedecem, são rebeldes, etc. Quando tentam colocar limites nos filhos, não
é a eles que os filhos vão remeter suas atitudes, mas sim àqueles que os
conduzem no dia a dia.
A educação dos
filhos é responsabilidade dos pais. De alguma forma, quem fez a opção de
colocar crianças no mundo tem que se responsabilizar por elas.
Esse
distanciamento familiar não escolhe classe social. Seguidamente noticia-se crimes bárbaros, vandalismos, por
parte de adolescentes de classe média e média alta. Jovens com problemas de
caráter, de formação moral, que deveria ter vindo de uma estrutura familiar.
Crianças são colocadas em atividades excessivas, virando mini executivas,
porque há a preocupação de que deverão ser bem sucedidas socialmente.
Crianças
pequenas são colocadas em creches como depósitos, ficam sob a guarda de alguém
enquanto pais viajam pra se divertir, perdendo momentos preciosos de convívio
familiar.
Atualmente
existem creches que oferecem pernoite, ou hotelzinho para as crianças enquanto
os pais viajam.
Dar aos filhos
grandes experiências de vida com a família, certamente fará com que se dêem
bem na vida, pois terão mais vivências e saberão fazer melhores escolhas.
O que se tem
observado atualmente é uma terceirização da educação dos filhos à escola, às
babás, às atividades extra-classe.
Querer que a
escola, ou qualquer outra instituição formal, assuma isto, é absurdo.
Ter filhos é
uma coisa séria e de responsabilidade. Infelizmente há mais crianças vindo ao
mundo do que pais preparados afetivamente e emocionalmente para recebê-las.
Justificar que
é preciso trabalhar, não exime os pais de colocarem-se como figuras de
referência para os filhos. O que importa, é o que fazem com o tempo que têm com
eles.
Regina Andrade - Pedagoga / Especialista em Educação Infantil
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